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displasia Coxofemoral é uma doença patológica que apresenta um efeito genético que causa a má formação das articulações, geralmente ocorrida em cães de porte grande e gigante, geralmente os que tem crescimento rápido. O problema ocorre na articulação entre a bacia e o fêmur do animal podendo ocorrer no cotovelo também. Com o mal encaixe dos ossos o cão pode começar a mancar e, dependendo da gravidade da doença, pode ficar impossibilitado de andar. Sendo uma doença genética os cães portadores da doença não devem ser reproduzidos de jeito nenhum, para evitar a propagação da doença.
O problema acomete com mais freguencia em algumas raças como:
* Pastor Alemão,
* Fila Brasileiro,
* Rottweiller,
* São Bernardo,
* Labrador.
Os cães displásicos nascem com articulações coxofemorais normais, sofrendo com o tempo progressivas alterações estruturais que incluem;
- Relaxamento articular
- Inchaço
- Desgaste e ruptura dos ligamentos
- Arrasamento da cavidade articular
- Subluxação da cabeça do fêmur
- Erosão da cartilagem articular
- Ossificação subcondral
- Remodelação da borda acetabular e da cabeça do fêmur
- Produção de esteófitos na região periarticular
Os fatores relacionados com o desenvolvimento da doença podem ser de origem: genética, nutricional, massa muscular pélvica, alterações biomecânicas.
- GENÉTICA: Quando a doença é hereditária patogênica quantitativa (aproximadamente 18 genes), ou seja quanto maior o grau de parentesco, maior a probabilidade da prole der displásica
- NUTRICIONAL: Dietas não balanceadas que proporcionam um rápido crescimento e um ganho de peso excessivo que sobrecarregam a articulação.
- MASSA MUSCULAR PÉLVICA: Animais com índice de massa pélvica [(peso da musculatura pélvica/peso corporal) x 100] menores que 9 (nove) terão tendências a desenvolver a doença.
- ALTERAÇÕES BIOMECÂNICAS: Redução limitação ou exaustão das forças musculares que acabam levando a uma instabilidade na articulação e subluxação. O rápido crescimento do esqueleto em disparidade com o crescimento muscular, que também induz o aparecimento da DFC.
Outros fatores que induzem a Displasia Coxofemural:
- Hipotrofia das miofibras do músculo pectínio,
- Alteração do líquido sinovial
- Alterações hormoniais,
- Insuficiencia da sintese proteíca,
- Deficiencia de vitamina C,
- Excesso de exercícios na fase de crescimento
O diagnóstico da DCF, deve ser feito através de exames radiológicos, pois sinais clínicos não são suficiente para o diagnóstico, então para ter certeza que seu animal tem ou não a doença somente através de exames radiologicos, onde podera ser avaliado o estagio da doença, que se dividem em 5 (cinco), São eles:
HD- : Animal sem displasia, a cabeça do fêmur e acetábulo são congruentes, sendo o espaço articular fechado e regular.
HD +/- : Articulação quase normal, a cabeça e o acetábulo apresentam ligeira incongruência respeitando os limites radio-gráficos, esta fase ainda é permitido o acasalamento.
HD + : Displasia leve. A cabeça e acetábulo incongruentes (mínimo de subluxação). ligeiro arrasamento da cabeça do fêmur, sinais mínimos de osteoartrópica.
HD ++ : Displasia moderada ou média. Achatamento da cabeça do fêmur arrasamento do acetábulo, ossificação subcondral, perda do espaço articular, alteração no colo do fêmur. Presença de subluxação.
HD +++: Displasia severa. Presença de luxação, arrasamento severo da cabeça do fêmur e do acetábulo (quase plano), presença de osteófitos em vários pontos, ossificação subcondral, alterações no colo do fêmur.
SINTOMAS E TRATAMENTO
Os sintomas da displasia começam a aparecer entre os 5 e 8 meses de idade, em alguns casos raros a doença não aparece até os 36 meses de idade
.
Os principais sintomas da doença são, dificuldade ao andar, atrofia muscular, dificuldades ao subir escadas, correr, levantar, dorso arqueado, andar cambaleando, apresentar postura em X, abrasão das unhas, diminuição dos movimentos dos membros inferiores, sensibilidade local, dores fortes. É importante ressaltar que animais com displasia severa podem correr, pular, brincar enquanto animais com displasia leve podem apresentar uma forte claudicação.
Não existe cura para displasia, apenas tratamentos que visam minimizar a dor dando condições melhores ao seu cão, utilizando antiflamatórios não esteróides para o controle da dor, podem ser administrados também proteoglicanos que são importante para a constituição da cartilagem que forma a articulação. Nos casos mais graves chegam a procedimentos cirúrgicos, incluindo osteotomia pélvica, remoção completa da cabeça e do colo do fêmur, entre outros.
COMENTÁRIOS FINAIS
Um cachorro com displasia coxofemural pode viver uma vida normal, mas não deve ser utilizado de forma alguma para reprodução. Mesmo se um filhote é normal, mas seus pais são possuidores da doença não se deve utiliza-ló para reprodução, pois seus filhos podem ter problemas.
Nos filhotes de grande e de porte gigantes, devem ser alimentados com rações específicas para controlar o seu desenvolvimento, evitando o seu crescimento rápido e exagerado, evite comidas caseiras e excesso de exercícios.
Devido a herança genética não esqueça que mesmo acasalando animais normais pode-se ter filhotes displásicos se houverem histórico da doença em sua arvore genealógica.
Para se ter um atestado de displasia, conclusivo este exame deve ser feito no animal com 12 meses de idade. Nas raças gigantes como; São Bernardo, Mastiff, Dogue Alemão, e Mastin Napolitano, este exame deve ser feito com 18 meses,
Quando a fêmea tem displasia ou as chances do filhote ter são grandes, podemos tomar alguns cuidados para que o quadro não se agrave:
- Não deixe filhotes em pisos escorregadios
- Colocar fêmeas num piso áspero, ou em placas de madeira , para que eles não escorreguem
- Exercitar o filhote a partir dos 3 meses de idade, mas sem exageros. A nataçatilde é recomendada, pois exercita a musculação sem força a articulação.
- Evitar que o animal fique muito gordo
O importante para manter a saúde saudável de seu cão, é seguir cuidado alimentares desde de filhote para prevenir a doença, manter consultas regulares ao veterinário, e se for adquirir um filhotes de raças grandes ou gigante peça ao proprietário que apresente o certificado de displasia dos pais, para garantir que seu filhote não tenha este problema, e caso você já tenha um cão em casa procure seu veterinário para realizar este exame tão simples e evitar que a doença se agrave.
Abraços!
By Juci Diass
Fonte imagens: Google imagens
Fonte de pesquisa: Revista cão de fato number:17, Enciclopedia Royal Canin
Ai, Ju, que dó de cães que tem essa doença! A dor deve ser horrível, além de dificultar os movimentos. O meu cãozinho ficou com problema na coluna uma época , de tanto subir escada. Graças a Deus , ele sarou, mas foi horrível; ele sentia tanta dor que chegava a tremer...Imagine então essa doença!
Excelentes dicas, Ju!
Vc está de parabéns!
Um grande beijo pra ti!